Sobre
Dra Rachel Riechelmann
Oncologista Clínica
CRMSP 98.131
Me formei oncologista clínica em 2003 após completar residências em Medicina Interna e Oncologia Clínica na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Me especializei em pesquisa clínica em câncer através de um Clinical Cancer Research fellowship de 2 anos no Princess Margaret Hospital, Universidade de Toronto, Canadá. Em 2010, defendi o doutorado em Medicina na Unifesp. Desde 2017, sou Diretora do Departamento de Oncologia Clínica do AC Camargo Cancer Center, São Paulo e orientadora da pós graduação em Oncologia da Fundação Antônio Prudente.
Lidero o Centro Referência em Tumores Neuroendócrinos (TNE), o primeiro e único centro integrado de diagnóstico, tratamento e pesquisas em TNE do país.
Também atuo como conselheira do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais, como membro dos Comitês Científicos da Sociedade Européia de Oncologia Médica (ESMO), Sociedade Européia de Tumores Neuroendócrinos (ENETS) e sou coordenadora do Comitê de Tumores Colorretais da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Sou Editora do livro Biostatistics in Oncology: Understanding Clinical Research as an Applied Tool, Springer 2018, e Editora Associada das revistas científicas Therapeutic Advances in Medical Oncology, British Medical Journal Oncology, ESMO Gastrointestinal Journal e ECancerMedicalScience.

Sou autora de mais de 150 pesquisas publicadas em revistas científicas internacionais e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPQ Nível 1C (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Dra Rachel é palestrante convidada nos principais congresso de oncologia (ASCO, ESMO, ENETS e SBOC) e atualmente, desenvolve pesquisas em Tumores Neuroendócrinos, Colorretais e Câncer Anal.
Prêmios e Financiamentos em Pesquisa:
♦ 2º Prêmio Fiocruz L’Institute Servier, 1º lugar, Prêmio em Pesquisa e Inovação em Oncologia, Fiocruz (2024)
♦ Prêmio Oncologista em Destaque da América Latina, Sociedade Latino-Americana de Gastroenterologia Oncológica-SLAGO (2023)
♦ Prêmio Protagonismo Feminino na Oncologia, Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) (2021)
♦ Destaque pelo Departamento do ano para Oncologia Clinica em 2020 e 2021, A.C.Camargo Cancer Center-Fundação Antônio Prudente.
♦ Prêmio Oncologista em Destaque da America-Latina, Sociedade Latino Americana de Gastroenterologia Oncológica – SLAGO (2021)
♦ Prêmio de melhor Head de Departamento, A.C.Camargo Cancer Center-Fundação Antônio Prudente (2019)
♦ Outstanding performance no curso anual Principles and Methods of Clinical Research, Harvard Medical School (2011)

♦ SBOC/ASCO prêmio – melhor artigo científico, Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (2010).
♦ Merit Award, Sociedade Americana de Oncologia Clinica – ASCO (2007)
♦ Young Investigator Award, Multinational Association of Supportive Care in Cancer (MASCC) (2007).
♦ Methods in Cancer Clinical Research Workshop, Vail, Colorado, ASCO/AACR. (2006)
♦ Canada Fellows Alliance Award (2006)
♦ Cancer Clinical Trials and Psychosocial Initiative. Research grant, National Cancer Institute of Canada (2006)
♦ International Development Educational Award, ASCO (2004)
Especialidades
Pesquisas em andamento

Através de pesquisas, descobrimos como as doenças surgem e evoluem, quais as melhores formam diagnosticá-las, novas formas de tratamento e como evitá-las. Para pessoas com câncer, pesquisas são ainda mais importantes, pois podem aumentar e melhorar a sobrevida das/dos pacientes. Converse com seu médico sobre pesquisas que podem ser úteis para seu caso. No AC Camargo Cancer Center, existem inúmeras pesquisas em andamento. Conheça os principais estudos que eu conduzo em:
Tumores Neuroendócrinos:
1 – Estudo NEXTGENETS: perfil molecular de TNE após uso de drogas alquilantes (temozolamida [CAPTEM] ou dacarbazina).
Alguns TNE adquirem mutações após uso de quimioterapia CAPTEM que podem torná-los sensíveis a imunoterapia. Conhecer este fenômeno pode oferecer um novo tratamento.
2 – Estudo CARMENET: microbiota fecal e agressividade da síndrome carcinoide.
A síndrome carcinoide é caracterizada por rubor facial e diarreia em pacientes com TNE produtor de serotonina. Alguns pacientes apresentam evolução lenta e outros, mais agressiva. Bactérias do intestino podem influenciar q agressividade da síndrome e estratégias de dietas específicas podem ajudar no controle da síndrome carcinóide.
3 – Estudo EVENET: estudo randomizado comparativo de everolimo 5mg/dia vs 10mg/dia. Pesquisas mostram que 5mg/dia pode ser tão efetivo quanto 10mg/dia (dose de bula), mas causar menos efeitos colaterais.
4 – Estudo de tumoróides: criação de modelos de TNE em laboratório, sem uso de cobaias animais e desenvolvidos através de um fragmento do tumor do próprio paciente, para testar eficácia de diferentes tratamentos.
5 – Estudo CRINETICS: estudo que testa um análogo de somatostatina oral, o paltusotine, em pacientes com síndrome carcinoide.
6 – Metástases mamárias de TNE
TNE podem dar metástases nas mamas. Estamos estudando qual a frequência desse fenômeno e seu impacto clínico
7 – Estudo latino-americano de pacientes com carcinoma neuroendócrinos (NEC)
Pela sua raridade, há poucos dados regionais sobe os NEC, quais tratamentos são mais efetivos e qual a jornada dos pacientes com esta doença nos setores de saúde publico vs privado.
8 – Estudo LACOG 0119: fatores prognóstico em TNE de apêndice
TNEs de apêndice podem ser diagnosticados durante cirurgia de urgência por causarem apendicite. Neste estudo epidemiológico, avaliaremos os fatores de risco para recorrência dos TNEs e assim, poder melhor determinar a extensão da cirurgia curativa.
10 – Avaliação de pacientes com TNE e mutação no gene MUTYH
Aproximadamente 20% dos pacientes com TNEs apresentam mutações hereditárias, incluindo a mutação no gene MUTYH (que também pode causar câncer colorretal e de mama). Neste estudo internacional, avaliamos o impacto dessa mutação na evolução dos TNEs.
11 – Estudo randomizado ACTION-1: novo radiofármaco, Actinium225 para pacientes com TNE que está em crescimento e que já foram tratados efetivamente com Lutecio177
Estudo aberto para participação.
Tumores Colorretais:
1- Fatores de risco para diarréia grave com uso de quimioterapia CAPOX
Aproximadamente 15% dos pacientes apresentam diarréia grave quando tratados com regime CAPOX. Avaliamos quais fatores podem predizer esse efeito colateral e assim, evitá-los.
2 – Estudo clínico randomizado AZUR-2: dostarlimab (imunoterapia) antes da cirurgia de câncer de cólon (intestino grosso) com perfil molecular de instabilidade de microssatélites. Estudo inicia em outubro/2024.
Tumores de Canal Anal:
1- BISQUIT: estudo randomizado sobre o uso de probióticos e prebióticos durante o tratamento de quimio-radioterapia.
Os probióticos e prebióticos podem favorecer o crescimento de bactérias saudáveis no intestino e assim, melhorar a tolerância ao tratamento.
2 – LACOG 0421: Registro latino-americano de pacientes com câncer anal e infecção pelo HIV, onde avaliaremos o perfil dos pacientes com câncer anal e HIV e os fatores prognósticos associados.

